Investimentos Cruéis do BNDES e Lucros da Crueldade da JBS
Nos
governos petistas, os cofres do BNDES foram abertos para grandes investimentos
cruéis em corporações e produtores do agronegócio, incluindo a JBS – maior
produtora de carnes do mundo, cujos lucros da ganância e crueldade são expostos
nas bolsas de valores pelo mundo afora. Ao contrário disto, por conta da
crueldade, bancos suecos cortam investimentos de até 99% na JBS.
Segundo a
imprensa, os bancos suecos estão se afastando de empresas destrutivas,
produtoras de carnes, em direção às alternativas mais éticas e sustentável. Cada
refeição vinculada à JBS tem um custo ambiental oculto. Além do tratamento desumano dispensado aos animais sencientes, há a destruição descarada de
ecossistemas vitais, como a Floresta Amazônica, para produzir ração animal.
É estranho
que nos governos petistas um Banco público como o BNDES não tenha incentivado
no país políticas de finanças sustentáveis, mas enveredado por investimentos
cruéis em corporações, cuja crueldade é reconhecida no mundo inteiro. Assim
sendo, num país de acentuada violência humana cruel, é lamentável se ver tantos
recursos públicos destinados a investimentos cruéis e de maus tratos aos
animais.
Um destes
maus tratos que escandalizou o mundo, segundo reportagem do Jornal inglês, The
Guardian, quando
um navio que partiu do Rio Grande do Sul rumo ao Iraque, fez uma parada na Cidade
do Cabo, África do Sul. Para o Guardian, um “fedor inimaginável” tomou conta da
cidade, na África do Sul.
Com 19 mil
bois confinados e atolados em fezes e urinas no navio durante dias, membros de
um conselho sul-africano de combate a crueldade contra animais entraram na
embarcação e encontraram bois mortos, doentes e cobertos de fezes, sendo a
situação classificada com “abominável”.
Como pode
empresas brasileiras praticarem maus tratos com os animais, quando a
Constituição proíbe ações criminosas desta natureza. Para a médica-veterinária
Magda Regina "a prática de transporte marítimo de animais por longas
distâncias está intrínseca e inerentemente relacionada à causação de crueldade,
sofrimento, dor, indignidade e corrupção do bem-estar animal sob diversas
formas".
Vale
mencionar, também, o que disse a médica-veterinária Maria Eugenia Carretero,
mestre e doutora em patologia animal e integrante das ONGs Canto da Terra e
G269 sobre maus tratos aos animais: “São toneladas de fezes e urina produzidas
por dia, às vezes chegando a uma altura de 30cm. Imagino que o animal doente ou
debilitado cai e aspira esse cocô”.
Existem no
Congresso Nacional projetos de lei que proíbem a exportação de animais vivos
para abate no exterior, a exemplo do PL 3093/2021, que é rejeitado pela Frente
Parlamentar da Agropecuária (FPA), defensora do agronegócio predador e insustentável do país.
O que se
observa claramente de tudo isto, é que a constituição brasileira é
descaradamente desrespeitada tanto nos governos de direita como de esquerda.
Dos três poderes, o poder dominante é o das elites, com práticas cruéis não só
contra o povo, mas contra os animais, responsáveis pelo atraso ético, moral e
econômico do país.
Estamos
presos a um tipo de mercado e comércio em que a prioridade é o lucro e não a
vida humana ou de animais. Quase 50% da carne consumida no Brasil vem de
instalações clandestinas. E, como o maior produtor de carne do mundo, as
atividades ilegais e a falta de condições sanitárias dentro destas instalações
representam um sério risco à saúde global.
Temos um
presidente originalmente de esquerda, governando para atender aos interesses da
direita e extrema direita, por conta de um Congresso Nacional de maioria
bolsonarista. O Brasil é um dos países onde a direita se une à esquerda para
ter seus interesses atendidos.
Os petistas
dentro do BNDES não deviam ocupar posições que estejam a serviço de um
agronegócio insustentável. Se não podem beneficiar a agricultura familiar e
pesquisas para definir um modelo de segurança alimentar e nutricional, devem
abandonar seus cargos.
O mesmo
deve acontecer nos demais ministérios, uma vez que um governo de esquerda não
deve se limitar apenas a um programa de bolsa família, deixando a população
pobre atolada nos esgotos, sem as necessidades básicas de educação e saúde.
Já foi dito
que a JBS está lucrando com a crueldade e destruindo o nosso planeta. As vozes
dos pequenos produtores, as mesmas pessoas que detém as chaves para os sistemas
alimentares sustentáveis, estão sendo abafadas por lobistas da indústria que
protegem os lucros do planeta.
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